é preciso
cometer loucuras
em nome da vida
ou da ilusão
é preciso
forjar estrelas
em um mar de sangue
eternamente
é preciso
inventar tormentos
prover a dor
o desencanto
é preciso
tecer a guerra
em trajes torpes
sem precisão
é preciso
fugir com a professora de línguas
para conhecer o mundo
e um dia voltar
para contar que o mundo
[esse que te corrói as entranhas]
é o mesmo
em qualquer lugar.
valder valeirão
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