A singularidade de nossas experiências marcam com clareza o abismo que existe entre o pensar e o falar.
Enquanto falo, falsifico o que é; enquanto calo, verifico o que está.
Então reside aqui, no poema, o verdadeiro acesso ao que é.
A tarefa é a de saber quando falar e quando calar. Quando ouvir é mais importante que dizer.
Tornar-se "Homem" significa tornar-se capaz de decidir sobre o próprio destino.
É a maioridade Kantiana. A saída do homem de sua menoridade, da qual ele mesmo é responsável.
E como realizar esse movimento sem que antes abandonemos o que nos torna infantis?
O abandono pressupõe a aquisição de novos hábitos, novas histórias capazes de criar outros destinos.
Na senda do destino, é preciso acreditar que apesar da tortuosidade de nosso caminho ele é o nosso caminho.
Que é precisamente por ser nosso que devemos segui-lo com felicidade.
Aceitar nosso destino.
Aceitar as dores do tempo. Do crescimento, dos processos. Afinal, a vida sempre foi a mesma, somos nós quem mudamos.
A todo tempo mudamos, e o forma que assumimos no decorrer do tempo são o reflexo daquilo que fazemos no agora.