quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Satolep chove

O céu ruge como um cão faminto.
Um clarão corta o céu estremecendo os vidros
das janelas impávidas
dos edifícios azulados
pelo frio e pela chuva Pelotense.

A hodierna tarefa de ir de um lado ao outro da rua
transfigurou-se em cenário de filme de aventura
com direito a salto a distancia entre pontos secos
escorregões por sapatos mal situados
gargalhadas estrondosas dos amigos desgraçados
e por aí desliza-se...

O descaso aliado a ignorancia
calaram a boca dos bueiros com folhetins eleitorais,
caixas de remédios, promessas futuras;
gerando um rio que nasce
da calçada de minha casa
até a porta de Dona Lúcia

Não bastasse este ser apenas uma entre as várias ruas
que se encontram submersas em períodos chuvosos
há também que se atentar ao fato de que diariamente
mais e mais ruas sofrem o risco de terem suas vozes abafadas
pelo asfalto
da cobiça

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