quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Só de Sacanagem

Meu coração está aos pulos. Quantas vezes minha esperança será posta á prova? Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está ai no ar: Malas, cuecas.. que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro. Do nosso dinheiro. Que reservamos duramente, pra educar os meninos mais pobres que nós. Pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade..e eu não posso mais. Quantas vezes meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis, existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, da minha mãe, minha vó..e os justos que os precederam. -Não roubarás. Devolva o lápis do coleguinha, "esse apontador não é seu minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torbe tenho tido que escutar, até Habeas Corpus preventivo coisa da qual nunca tinha se visto falar.E sobre o qual, minha pobre lógica ainda insiste: Esse é o tipo de benefício que só o culpado interessará. Pois bem! Se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar, só de sacanagem! Dirão: Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba. E eu vou dizer: Não importa. Será esse meu carnaval. Vou confiar, mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem agente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, agente consegue ser livre, ético, e o escambau. Dirão: É inútil, todo mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal. E eu direi: Não admito! minha esperança é imortal e eu repito, imortal! Sei que não dá pra mudar o começo, mas se agente quiser..vai dar pra mudar o final.

Eliza Lucinda.

Escola: um triste ensaio para a vida

Final de ano. Implementação do Enem. Espero que isso acarrete em uma mudança efetivo no nosso sistema de ensino, que por sinal já não é mas o mesmo de dez anos atrás. Apesar de conservador e tradicionalista, a escola tem que evoluir também. Afinal, assim como toda instituição capitalista que se preze, é preciso agradar seus consumidores. Mas, a questão real a ser tratada nesse post é: O que determina a capacidade e inteligência de um jovem hoje? Porque as pessoas que dominam as matérias de exatas são rotuladas como "mais inteligentes" que aquelas que dominam humanas? Para responder tais perguntas, teremos que entender porque temos 4 aulas de matemática e 1 de filosofia, 3 de física e nenhuma de teatro. Será filosofia menos importante que matemática? Ou teatro menos importante que física? São essas questões que iremos responder ao longo desse post.
Primeiramente, gostaria de deixar claro que sou um ótimo músico quando se trata de exatas. E não é (ou talvez seja) por isso que estou escrevendo isso.

(escreverei mais depois)

domingo, 11 de setembro de 2011

Pleonasmo sentimental

E o que mais não seria o perdão, se não um produto sem justificativa pelo uso?
Isto é um fato real. De uns tempos para cá tenho vivenciado situações das quais nunca vivenciei, coisas que eu julgava fúteis agora vejo que não são tão quanto parecem.
Sua razão tirou de mim aquilo que parecia impossível de ser tirado. "Falar é fácil. fazer é difícil", para mim, nunca pareceu tão verdadeiro. Nunca havia achado alguém que parecesse tanto comigo como você, e com pesar -ou não- essa semelhança é a mesma que te destrói. Essa pessoa é pior que você naquilo que você faz de pior, e ainda sim você sente que ela não poderia ser melhor do que é. Engraçado não?
É, sádico por assim dizer. Fico inapto ao ver tal comportamento, é como se cada palavra tua proferida me destruísse por completo. E um sorriso, que outrora havia sido subjugado tão belo, agora não mente mais. Mas embora ao amanhecer do dia eu sinta que estou fazendo tudo de errado, e as escadas das quais eu subo para cima me levem para baixo, não posso deixar você ir. Não ainda. Eu poderia acabar, eu posso acabar. Mas preciso de um acabamento final.

Te odeio por me fazer te odiar tanto assim.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

mentira piedosa ou a verdade cruel?

Eis a questão:
Mentira seria, dizer que o que nos conforta é a verdade,
O que nos conforta, desculpe-me, é a hipocrisia
pois uma mentira é sim verdade -
se ninguem descobrir que ela já fora mentira.

Se é mentira então dizer que o que nos conforta é a verdade,
Seria verdade dizer que o que nos conforta é a mentira.
Mas se a hipocrisia é algo que me conforta:
Seria a hipocrisia, uma verdade?
Ou a verdade, uma hipocrisia?

O maior mentiroso é aquele que se diz sincero.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Saudade

Sempre julguei o amor tão utópico, tão abstrato.E eu, eu era concreto demais para ser abstrato. Eu era concreto demais para amar você. Ás vezes me pergunto em como as coisas poderiam ter sido diferentes; e em como nós poderiamos estar hoje. Mas a incerteza da dúvida me corrói, e é tão mais fácil apenas não pensar. Eu sempre optei pelo mais fácil.
Mas os dias se passaram, semanas, meses, anos. E com o tempo, fui aprendendo a ter você, quase que involuntariamente. E quando percebi, já tinha grande parte de você dentro de mim. E foi assim, que eu me apaixonei por você. E eu amava amar você. Eu amava ser quem eu era com você. Por você.
E a distância, que até então parecia um mero detalhe, se tornou tão grande. Assim como a diferença entre "ter" e "possuir" nunca havia se tornado tão dolorosa. E por mais que meu coração exigisse te ter, a razão me dizia para lhe deixar. Seria o melhor para mim. Seria o melhor para nós dois.
 Pela primeira vez, eu optei pelo melhor. Não pelo mais fácil.
Hoje, sinto sua falta. Sinto falta de ter você, sinto falta de quem eu era quando eu tinha você. Mas, não escrevo para você. Não escrevo para mim. Eu escrevo para nós, escrevo para o que fomos um dia. E o que em um dia, poderemos ser.


Obrigado por me fazer acreditar no amor,

Danilo.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Complacência

Agora? Sou só mais um, dentre vários. Minha mente já está fadigada de pensamentos inúteis, e atos impensáveis..Sinto que o que me resta é desistir. Mas estou muito fraco para abrir mão, e muito forte para perder. Eu só quero reescrever todo o meu histórico, com linhas saltando, pulando fora, palavras desconexas e erros ortográficos.. Mas que cheguem a um final, que haja um desfecho nessa história. Pelo menos até aqui. Vivo nessa eterna complacência de que posso fazer algo mas não o faço, é uma sensação frustrante e nojenta, seguida de socos e revoltas. O pior sentimento não é o amor, não é o ódio, não é a raiva, não é a inveja..é a complacência. É o sentimento de que você pode fazer algo, mas você não o faz, você é um telespectador da sua própria desilusão, um tripulante de um barco que está prestes a naufragar, e você não tenta nem ao menos tirar a água...você apenas deixa, e é deixando que você morre afogado em um mar de falsas lágrimas.
  Seria hipocrisia pedir uma outra chance, até porque já foram tantas. Tenho que mudar, tenho que deixar de ser o tripulante e passar a ser o capitão do meu próprio barco. E é o que eu vou fazer, eu vou impedir que ele naufrague, vou me jogar ao mar, de braços abertos e cabeça erguida, e quando chegar a um ponto onde ninguím possa me atingir, vou alçar uma âncora e permanecer inerte lutando contra meu próprio eu.




  

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Regras.

É impressionante como o conhecimento nos aproxima dos valores e virtudes, e os mesmos nos conduzem a ética, que por sua vez, é inserido nas regras, regras essas que nos afastam do conhecimento.