segunda-feira, 11 de julho de 2011

Saudade

Sempre julguei o amor tão utópico, tão abstrato.E eu, eu era concreto demais para ser abstrato. Eu era concreto demais para amar você. Ás vezes me pergunto em como as coisas poderiam ter sido diferentes; e em como nós poderiamos estar hoje. Mas a incerteza da dúvida me corrói, e é tão mais fácil apenas não pensar. Eu sempre optei pelo mais fácil.
Mas os dias se passaram, semanas, meses, anos. E com o tempo, fui aprendendo a ter você, quase que involuntariamente. E quando percebi, já tinha grande parte de você dentro de mim. E foi assim, que eu me apaixonei por você. E eu amava amar você. Eu amava ser quem eu era com você. Por você.
E a distância, que até então parecia um mero detalhe, se tornou tão grande. Assim como a diferença entre "ter" e "possuir" nunca havia se tornado tão dolorosa. E por mais que meu coração exigisse te ter, a razão me dizia para lhe deixar. Seria o melhor para mim. Seria o melhor para nós dois.
 Pela primeira vez, eu optei pelo melhor. Não pelo mais fácil.
Hoje, sinto sua falta. Sinto falta de ter você, sinto falta de quem eu era quando eu tinha você. Mas, não escrevo para você. Não escrevo para mim. Eu escrevo para nós, escrevo para o que fomos um dia. E o que em um dia, poderemos ser.


Obrigado por me fazer acreditar no amor,

Danilo.

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