sábado, 21 de janeiro de 2023

 O aroma do vento é como uma lembrança

de liberdade.
E no germe de toda vida múltipla
reside o meu apelo a vida.
sonho baixo para que os pássaros não invejem
a altura de meus devaneios
e perto da terra, ao lado do lodo,
edifico minha casa
compreendo meu lugar ao lado das coisas mortas
como sendo eu mesmo matéria semelhante
ao lado da sepultura florida de meus antepassados
derramo água que verte do sangue
como uma oferenda muda aos mortos que tanto falam
O caminho da matéria morta é um enigma de luz
da esfinge até a banalidade do meu entorno:
em tudo quanto existe parece que Deus respira
como origem, fonte, seio e fim.
ser ou não ser? eis a questão que norteia
o vôo de minha poesia...

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