quinta-feira, 4 de agosto de 2022
Somos filhos dos céus e estamos entre o vazio, a luz e a matéria. Quando morremos nos integramos à terra, que é a nossa morada, e damos continuidade ao ciclo eterno do início e fim da matéria, composição e decomposição energética. Ao cessarmos não carregamos nada conosco, e deixamos apenas sementes no coração de quem amamos. Não há um único ser que exista na teia da vida cuja existência não afete as demais. E qual seria meu propósito senão o de afetar positivamente o máximo de vidas possíveis? Aprender a escutar a natureza, que é mãe de todos nós. Atentar-se à sua mensagem. Compreender a importância de persistir no caminho: se a vida, em si, é colaborativa, por qual razão tomamos o rumo diverso?
Eu amei a ti: esse amor ainda existe.
Ainda não se extinguiu em minha alma.
Amei como uma criança.
E na maioridade dei-me conta disso:
Não falo do Amor como uma espécie de
cobrança
tampouco lhe confesso na esperança de uma
união
pretendo somente cantar, embuído da mais
terna sinceridade
a profundidade daquilo que sinto;
Não quero entristecer-te de nenhuma forma.
Não pretendo trazer lágrima aos teus olhos.
Quero que teu coração repouse em paz
Na declaração silenciosa que traço.
Estou feliz. Estou resoluto.
E não saberia dizer o quanto de ti há nisso
tudo.
Mas sei que neste poema há tudo de ti.
Queria que você, de todo, levasse isto:
Saber que te amei - e amo, silenciosamente,
sem esperança.
Te amarei silenciosamente enquanto houver
amanhã
pois não deixamos de amar aquilo que
verdadeiramente amamos...
E, ainda que de vez em quando confuso,
de vez em quando com ciúmes
de vez em quando azul
Ainda assim,
continuarei a te amar...
Por que a vida é breve Pita...
E a paixão...
mais breve ainda.