sábado, 13 de junho de 2015

Um cabo de sentimento

Noite passada
navegando em pensares
um repelão da consciência
me indagou o porquê
eu e você
não termos acordados juntos
respondi-a em silêncio que
apesar do desfecho
insatisfatório
não era,
de todo,
ruim.
e sim,
por fim,
delicioso.
afinal, é por prazer que se vive
e
se não for por isso
que há de ser proveitoso.
a consciência,
encabeçada com a ideia
do dever ter compartilhado o crepúsculo
alfinetava o peito em sentido agudo
quase como se reclamasse
tua presença não consumada
logo percebi, de súbito
que querer-te perto assim
é puro querer sem sentido,
é armadilha,
não abrigo.
é posse,
não brigada.
13/06/15

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