Todo segundo de vida,
é um segundo de perda.
E a indiferença, exposta no rosto do tempo
Denuncia a finitude.
Mas a consciência, que encarcera o homem
Defende-se contra o fatalismo,
Remanesce, gritando ao mundo:
Sou infinito.
Danilo Freire
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Nós, filósofos
Nós, que assistimos aflitos ao espetáculo da vida; não deixamos o véu da trivialidade cobrir o cotidiano; consternamos as almas cegas e as induzimos à razão; nós que não aceitamos de forma alguma ter o espírito crítico atordoado; inconformados pela existência vil que nos é imposta; nós, luxados, deslocados, inadequados, carregamos conosco o desejo de mudança, o medo da simplicidade e, sobretudo, o sentimento de pertence ao mundo:
Nós somos filósofos. E desatamos os nós da racionalidade..
Nós somos filósofos. E desatamos os nós da racionalidade..
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Um gole de carinho
Em olhares avulsos percebo a denúncia,
de dispersas almas sedentas por carinho,
balbuciam palavras, pobres prosas,
e em cada esquina um coração partido
reconstruído pela ilusão de um agora eterno
apostam em amores de porção, beijos sem sentido..
Não entendem direito o por que e o pra que,
mas enchem o copo e saltam as sílabas.
E eu, que sempre me julguei tão austero,
corrompo-me com um gole de vinho..
pois esta sede por amor
é uma sede de carinho.
E percebo a ironia, por um breve segundo:
Quem sou eu para julgar?
Se quando escrevo
escrevo de um bar..
de dispersas almas sedentas por carinho,
balbuciam palavras, pobres prosas,
e em cada esquina um coração partido
reconstruído pela ilusão de um agora eterno
apostam em amores de porção, beijos sem sentido..
Não entendem direito o por que e o pra que,
mas enchem o copo e saltam as sílabas.
E eu, que sempre me julguei tão austero,
corrompo-me com um gole de vinho..
pois esta sede por amor
é uma sede de carinho.
E percebo a ironia, por um breve segundo:
Quem sou eu para julgar?
Se quando escrevo
escrevo de um bar..
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